Nascida em uma família humilde, numa província moçambicana, estudou em uma universidade de Lisboa numa época em que raras mulheres muito menos africanas chegavam ao ensino superior. A ativista recebeu Marie Claire dias antes de ministrar duas conferências no Brasil no fim dea convite do Fronteiras do Pensamento e do Centro Ruth Cardoso. Discorreu com firmeza sobre a crise de refugiados e o feminismoaté ser questionada sobre Mandela. Parece muito tempo, mas, para mim, é pouco. Tento seguir considerando que ele estaria orgulhoso de me ter como sua companheira e, nesse processo, aprender a dar um sentido à vida sem ele. Trabalhar muito é um mecanismo de enfrentamento: deixo de pensar em mim e me dedico a descobrir o que posso fazer para minimizar os graves problemas do mundo. MC O que guarda de ter vivido com Mandela?
Capulana: um tecido carregado de história
Quem pensa que é só um pedaço de tecido engana-se: o carinho e cuidado com que as mulheres tratam este tecido é distinto. Com convencimento se elas falassem teriam muito para contar. Para a mulher casada e mais velha, a capulana passa a ser um símbolo de riqueza. Em caso da morte da dona da fortuna, esta riqueza é distribuída para as filhas e netas ou para quem ela tiver determinado.
Graça Machel: Muito mais que a sra. Mandela
Niorka é uma das três crianças que a escola lisboeta Gago Coutinho escolheu para falar com o DN, respondendo a um pedido para entrevistar alunos afrodescendentes. Assim, o pedido foi entendido como para entrevistar crianças negras. Nivaldo é o primeiro a responder: Acho que sim. Mas eu também concordo que as pessoas me perguntem de onde sou.